Bom dia galera!
Queria falar um pouco sobre os novos post do blog. Como já citei em alguns post anteriores, meu amigo Bernado Boz está me ajudando, escrevendo sobre moda masculina. Mas de uns tempos para cá, ele me mandava algumas crônicas pedindo para eu ler e ver o que achava, acabei gostando e resolvi colocá-las no blog para vocês lerem... Com uma linguagem própria e um pouco pesada, suas crônicas fazem a gente pensar em nossas vidas e, no meu caso, na vidas de amigos.
Bom essa será a primeira, de muitas, crônicas.
Beijos e aproveitem.
Crônica Cocaína
Onde estou? Como cheguei? Aonde vim parar? Agora que acordei, parei e pensei!
Peço desculpa se aconteceu, mas certo dia ele faleceu e ela morreu! Perdi minha dignidade, minha vontade e meus queridos... Papai e mamãe se foram, assassinados, logo me deixaram um legado. Dinheiro deixado acaba de ser gasto! Digo isso, pois acabo de me ver numa cama de hospital, escrevo para deixar um recado!
Tenho 21 anos, perdi meus parentes há 48 meses, nesse tempo foram corridas, batidas, acidentes e sangue nas narinas!
Moro em Curitiba, vários dias a Avenida Getúlio Vargas foi minha melhor amiga. Deixava direto uns trocados para as prostitutas e de gorjeta ficava 300 platinas!
No momento, apenas me lembro de estar a 200 na BR, acelerando pra passar um carro 1.0, minha Porsche rendia. Mas maldita chuva, me perdi na curva, o cachorro ainda correu na frente e a luz que veio, foi de repente!
Naquele momento eu tinha álcool no sangue e cocaína na narina! Durante anos o pó tem sido meu melhor amigo e vida tem sido bandida...
No momento estou na cama do hospital, me perguntando o porquê do dinheiro ter escorrido em meus dedos, do porque que meus amigos ainda não estão aqui, do porque da moça que eu estava saindo não me atende...
Agora eu me pergunto, tudo que eu tinha se foi, meus "amigos" estão perdidos, minha casa esta penhorada, minha vida esta acabada e o nariz ensanguentado!
Peço que venha algo de bom, não quero deixar essa vida boa e ainda não quero acabar na cadeia... Só preciso da vida alheia e morrer em poucas maneiras!
Agora irei arrancar os tubos respiratórios e ver aonde irei chegar. Não escuto mais nada, nada tem mais cheiro, as máquinas apitam... O barulho esta sendo seguido, sinto meu coração perdido.
Acalme-se, Deus esta dizendo, mas meu coração esta sofrendo. Os médicos correm agora, no momento não sinto nada e agora, e agora, as máquinas apitam, a luz não brilha! Apagou não deu foi assim que meu eu morreu!
Crônica de Bernado Boz.